Tensão na OTAN provocada por drones russos
Por TopAngola ·

Resumo:
Drones russos invadiram espaço aéreo de Polónia e Roménia, acionando Artigo 4º da OTAN. Trump condicionou apoio europeu ao fim das compras russas.
Pontos-chave:
Em 10 e 15 de setembro de 2025, drones russos violaram o espaço aéreo da Polónia e da Roménia, segundo fontes oficiais. Caças da OTAN rastrearam essas aeronaves não tripuladas, sem explosivos, levantando dúvidas se se tratava de testes russos ou operações de falsa bandeira ucraniana. Analistas mencionam a dificuldade de justificar incursões tão profundas sem cordenação de sistemas de defesa ou autorização estatal explícita.
Em resposta, a Polónia invocou o Artigo 4º da OTAN, convocando reunião de aliados, enquanto vozes em França, Alemanha e Reino Unido pediam acionar o Artigo 5º em defesa coletiva. O Comandante SACEUR minimizou riscos de ataque direto russo, retendo a retórica agressiva e evitando escalar para conflito aberto, mas manteve elevado estado de alerta nas bases e sistemas de defesa terrestre nas fronteiras leste da Europa.
No mesmo período, o Presidente Donald Trump enviou carta aos líderes europeus, condicional ao endurecimento de sanções: exigiu que todos os países da OTAN cessassem compras de petróleo e gás russos e aplicassem tarifas de 100% a China e Índia, sob pena de retirar apoio. A medida, considerada armadilhada, expôs a fragilidade econômica de Paris, Berlim e Londres, gerando críticas e receios de colapso financeiro.
As principais economias europeias ainda dependem em parte do crude russo via terceiros, como a Índia, e não têm alternativa imediata a preços competitivos. A ameaça de tarifas recíprocas da China e da Índia agrava a crise, ampliando riscos de inflação e escassez energética. Analistas alertam que migração para gás e petróleo norte-americanos pode sextuplicar custos, pressionando orçamentos nacionais já esgotados.
Enquanto isso, Washington sinaliza retoma de diálogo com Moscovo e negociações renovadas com Pequim e Nova Deli, visando reduzir tensões tarifárias e geopolíticas. Essa reorientação favorece a consolidação de um eixo Pequim-Nova Deli-Moscovo, potencialmente reforçado por parceiros como Brasil, criando freios às iniciativas ocidentais. Observadores consideram esse movimento como mudança estratégica dos EUA perante a ordem mundial baseada em regras de Washington.