Trump encerra definitivamente a USAID
Por TopAngola ·

Resumo:
O Governo Trump encerra a USAID, transfere funções ao Departamento de Estado e suscita críticas sobre o futuro da ajuda humanitária.
Pontos-chave:
Em 2 de julho de 2025, o Governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, anunciou o encerramento definitivo da USAID, agência criada em 1961 para coordenar a assistência internacional. O comunicado oficial destacou que cortes orçamentários e reavaliações das prioridades nacionais motivaram a medida, que transfere responsabilidades ao Departamento de Estado, marcando uma mudança histórica na abordagem norte-americana de ajuda externa.
Segundo Marco Rubio, secretário de Estado, a USAID não cumpriu seus objetivos desde o fim da Guerra Fria e alimentou uma rede de ONGs que, segundo o governo, operavam à custa dos contribuintes americanos. O assessor Elon Musk, envolvido nos cortes de despesas, defendeu que a iniciativa busca priorizar os interesses nacionais e garantir que a ajuda seja direcionada e limitada no tempo.
O processo de desmantelamento resultou na dispensa de cerca de 9.706 funcionários e contratados em escritórios de Washington e em todo o mundo, mantendo apenas 294 profissionais para operações mínimas. A medida busca otimizar recursos, mas gera apreensão entre especialistas humanitários sobre o alcance muito reduzido da assistência em crises humanitárias emergenciais, projetos de longo prazo e estruturas de apoio logístico.
Organizações internacionais e ex-presidentes como Barack Obama e George W. Bush expressaram críticas incomuns, alertando para a lacuna deixada em programas de saúde, educação, auxílio alimentar, infraestrutura e resposta a desastres. Estima-se que a atuação da USAID tenha sido crucial na redução da mortalidade por VIH/SIDA, malária e doenças tropicais negligenciadas, suscitando reflexões sobre o papel geopolítico da ajuda externa norte-americana.
Fundada em 1961 pelo presidente John F. Kennedy, a USAID tornou-se ao longo de décadas a maior distribuidora de ajuda humanitária global. No entanto, críticas históricas apontam seu uso como ferramenta de influência política e favorecimento de interesses estratégicos de Washington. O encerramento sinaliza o fim de uma era que moldou projetos de desenvolvimento, cooperação técnica e auxílio emergencial em dezenas de países ao redor do mundo.