Sábado, Agosto 2
Resumo

Tumultos em Angola deixam danos e centenas detidos

Por TopAngola ·

2 min leitura
Tumultos em Angola deixam danos e centenas detidos

Resumo: 

Protestos e paralisação de taxistas provocaram confrontos, danos em lojas, mortes e mais de 1200 detenções. Relatos apontam uso excessivo de força.

Pontos-chave:

  • Entre os dias 28 e 30 de julho de 2025, milhares de taxistas em Luanda iniciaram uma greve contra o aumento dos combustíveis, que evoluiu para manifestações espontâneas em várias províncias como Huambo, Benguela, Malanje e Huíla. O bloqueio de vias, barricadas e protestos cresceram a partir de denúncias de dificuldades económicas e falta de diálogo com as autoridades locais.

  • O balanço oficial apontou pelo menos 29 mortos nos tumultos iniciais, atingindo 22 em Luanda e sete em Malanje, além de cerca de 197 feridos e mais de 1200 detenções. Autoridades como o Ministério do Interior e o Sindicato dos Taxistas mantiveram números distintos, mas concordam que as prisões em massa marcaram os primeiros dois dias de desordem civil e intervenções policiais intensas.

  • Relatórios das associações de comércio, como a Ecodima, indicaram que pelo menos 91 lojas em Luanda e Malanje foram vandalizadas, destacando pilhagens em 72 unidades da rede Arreiou. Supermercados, agências bancárias e armazéns tiveram danos severos, enquanto a Empresa de Limpeza e Saneamento (ELISAL) coordenou a remoção de detritos nas principais avenidas para restabelecer o tráfego e a atividade comercial.

  • Diante da situação, a Ordem dos Advogados de Angola mobilizou equipes jurídicas para acompanhar julgamentos sumários, garantindo legalidade e imparcialidade. Sete jovens já foram condenados a até 20 meses de prisão, enquanto mais de 100 menores retornaram às famílias. Organizações como a AJPD destacaram a importância de advocacia independente e protestaram contra processos sem acesso prévio às acusações.

  • No plano internacional, o Escritório de Direitos Humanos da ONU condenou atos de vandalismo e pediu investigações rápidas, completas e independentes sobre o uso de força. Representantes da União Europeia e da Lusa também relataram imagens de munição real e gás lacrimogêneo, suscitando críticas ao suposto uso desproporcional e ameaçando sanções caso não haja responsabilização dos autores de violações.

18 Fontes

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