Angola reforça vacinação contra cólera
Por TopAngola ·

Resumo:
Angola mobilizou 942 equipas para campanha de vacinação oral com Euvichol-S, visando imunizar milhões contra a cólera e reforçar ações de saneamento.
Pontos-chave:
Em 12 de julho de 2025, o Ministério da Saúde de Angola, em parceria com a GAVI, a OMS, UNICEF e a União Europeia, lançou novas fases da campanha de vacinação oral contra a cólera. A ação mobilizou 942 equipas de vacinadores, mobilizadores e supervisores. O objetivo é ampliar o alcance em Cabinda, Cuanza Sul, Huíla, Namibe, Zaire e Cafunfo.
A campanha abrange toda a população a partir de 1 ano de idade, integrando ações de vigilância epidemiológica, acesso a água segura e saneamento básico. Equipes fixas e itinerantes visitarão as comunidades rurais e urbanas, garantindo que cada beneficiário receba a dose única da vacina Euvichol-S. Além disso, haverá comunicação de risco e envolvimento comunitário para reforçar práticas de higiene.
Desde janeiro de 2025, o surto de cólera causou mais de 23.000 casos e matou 750 pessoas. No entanto, os registos diários caíram significativamente nas últimas semanas, com apenas 23 novas infeções notificadas recentemente e sem óbitos. Especialistas e observadores externos atribuíram a desaceleração à ampla cobertura vacinal e à melhoria das condições sanitárias em áreas de maior risco no país.
Segundo a ministra Sílvia Lutucuta, “a vacina é uma arma poderosa para prevenir a cólera, mas não basta”. Ela ressaltou que, além da imunização, é fundamental melhorar o abastecimento de água potável, remover resíduos e fortalecer a vigilância. Esta abordagem holística garante controle rápido dos surtos e protege comunidades vulneráveis, sobretudo em áreas remotas e periféricas como a Lunda-Norte.
Com a previsão de vacinar mais de 2 milhões de angolanos nas províncias afetadas, o governo espera conter definitivamente a transmissão. As autoridades reforçam que a participação comunitária é essencial para sucesso da ação, apelando a líderes locais e cidadãos para aderirem em massa. O acompanhamento de casos e a manutenção de medidas de higiene seguem até que o risco epidemiológico seja considerado nulo.