Sábado, Julho 26
Resumo

Angola propõe nova ordem financeira mundial

Por TopAngola ·

2 min leitura
Angola propõe nova ordem financeira mundial

Resumo: 

Angola defende ordem financeira justa para mitigar a dívida em África, com transparência, reestruturações céleres e cláusulas contracíclicas.

Pontos-chave:

  • Em Sevilha, na IV Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, Angola defendeu urgentemente a criação de uma nova ordem financeira mundial capaz de responder com justiça e eficácia à crescente crise da dívida em África. O embaixador Francisco da Cruz salientou que a proposta visa prevenir choques exógenos, garantir sustentabilidade e promover um sistema financeiro internacional mais equitativo. Durante o debate, envolveram credores oficiais e privados de várias regiões.

  • A posição de Angola alinha-se com a Declaração Ministerial de Lomé (maio de 2025), que preconiza quatro pilares fundamentais: prevenção de crises através da boa gestão e transparência; alívio do custo de financiamento; mecanismos de reestruturação soberana mais céleres e justos; e avaliações de sustentabilidade orientadas para o longo prazo. Esses princípios foram formalmente acolhidos no Compromisso de Sevilha durante a sessão plenária.

  • Internamente, Angola implementa o Plano de Desenvolvimento Nacional 2023–2027 para reforçar a governação da dívida. As medidas incluem reformas institucionais, digitalização dos sistemas de gestão da dívida pública, divulgação regular e transparente dos dados, e articulação entre política fiscal, monetária e de investimento social. O objetivo é melhorar o planeamento orçamental, aumentar a rastreabilidade e garantir responsabilidade intergeracional fortalecendo a confiança dos credores internacionais.

  • Para reforçar a governação financeira global, Francisco da Cruz defendeu reformar o Quadro Comum do G20, tornando-o mais inclusivo, transparente e eficaz. Destacou a importância de financiamento concessional e contracíclico para liberar espaço fiscal e atender ao desenvolvimento sustentável. Angola apoia ainda cláusulas de suspensão do pagamento da dívida ligadas a choques climáticos, incentivando mecanismos inovadores para proteger as economias vulneráveis.

  • O não refinanciamento internacional e o elevado peso da dívida nos países em desenvolvimento constituem entraves à aceleração dos 17 Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em 2024, o montante global da dívida foi estimado em cerca de US$ 31 biliões. Angola e parceiros defendem uma resposta coordenada entre credores oficiais, multilaterais e privados para evitar uma “década perdida” em África e garantir progresso socioeconómico.

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