Namibe inaugura fábrica de fertilizantes
Por TopAngola ·
Resumo:
Fábrica de fertilizantes de USD 19 mi, inaugurada em 8 de setembro de 2025 no Namibe, produzirá 100 000 t/ano para reforçar a segurança alimentar.
Pontos-chave:
Em 8 de setembro de 2025, no município do Saco Mar, em Namibe, o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, inaugurou uma fábrica de fertilizantes e compostos. O investimento privado, avaliado em 19 milhões de dólares, resulta de parceria entre empresas nacionais e estrangeiras, visando reduzir a dependência externa e enfrentar desafios vinculados à segurança alimentar.
Com capacidade de produzir 100 000 toneladas por ano, a unidade fabril atenderá micro e pequenas empresas e garantiria sustentação a famílias rurais. A nova infraestrutura promete dinamizar a produção agrícola local, criando emprego e fortalecendo cadeias produtivas regionais. O projeto inclui modernização de processos industriais e formação de 33 jovens técnicos, fomentando autonomia e transferência de tecnologia comparável a padrões internacionais.
Denominada Olombi, a fábrica resulta da parceria entre a Olombi Agronegócios, Lda e a Chinahyway, visando expansão gradual da capacidade para até 300 000 toneladas anuais. Na primeira fase, a unidade gerou 110 postos de trabalho diretos. Além disso, o projeto envolve financiamento do PRODESI e do BAI, reforçando a integração de políticas públicas e privadas para promover desenvolvimento sustentável no Sul de Angola.
Durante a estada, José de Lima Massano visitou um aviário em Saco Mar, com capacidade para 21 000 ovos diários, e conferiu investimentos em produção de vinho (mais de 100 000 garrafas/ano). Também conheceu a reserva de calcário de 350 hectares, promovendo oportunidades de arrecadação fiscal e empregabilidade juvenil. As obras de requalificação da baía de Moçâmedes, avaliadas em 650 milhões de dólares, integram o PIP de 50 anos de independência.
O ministro destacou que a iniciativa se alinha ao Plano de Desenvolvimento Nacional e às metas de diversificação económica, reduzindo a volatilidade cambial e fortalecendo a indústria local de fertilizantes. Analistas apontam que a produção interna de insumos agrícolas é crucial para atenuar impactos externos e garantir preços acessíveis para o setor rural. O projeto fortalece a resiliência e visão de auto-suficiência em Angola.
